Extrospecção é o ato de observar o exterior e suas manifestações.
É o contrário da introspecção que é um ato de “olhar” para si mesmo.
Como todos os antagônicos, um somente existe por conta do outro. A introspecção é possível graças à visão perimétrica que temos do mundo.
A extrospecção, queiramos ou não, calibra a visão de nós mesmos.
Bem, o que isso tem a ver com produtos e captação de clientes?
Seu produto e oferta para um determinado mercado somente tem sentido a partir de uma visão extrospectiva.
A extrospecção em vendas é a postura que permite avaliar a resposta do mercado a partir de um estímulo (oferta).
Aqui nós a definimos como tripé da prospecção: Produto(oferta), Target (público), Metodologia (Comunicação oral e escrita).
Esse tripé não pode ser dissociado para ser submetido ao mercado.
Claro que queremos fechar negócios. Não somos cientistas, nem estatísticos.
Mas uma coisa te garanto: Se você não conhece seu mercado poderá sofrer por anos a fio.
Vejo muitos empreendedores acreditarem em uma ideia, submeterem-na de forma muito acanhada ao mercado e apesar das pífias respostas, insistirem. Por meses a fio.
Mercado é um conjunto anônimo de empresas e pessoas com insuficiências, desejos e necessidades, conjunto esse disposto a pagar por soluções.
Competir no mercado é se fazer escolhido para prover essas soluções.
Pois bem, sem um exercício extrospectivo permanente, você não conseguirá competir a longo prazo.
Há duas décadas, o mercado não tinha a mesma transitoriedade de hoje.
Estruturas líquidas, nesse ambiente, são as que mais competem.
Por líquida quero dizer, ágeis, adaptáveis e com baixos custos operacionais. Dessa forma utilizam o resultado da extrospecção para melhorar suas ofertas, em moto contínuo.
Entre mentorias, palestras e cursos, devo conversar, em média, ao redor com uma centena de empresários, empreendedores e executivos de vendas, por mês. Todos os meses pessoas novas, empresas novas, mas mesma situação.
Claro que no meu raio de ação, lido com pessoas que estão em um momento de crescimento, em fase de conquista de clientes.
E nesse ambiente, ao longo dos anos, verifica-se um denominador comum, independentemente do segmento e porte das empresas: A necessidade de extrospecção.
Meu papel em tudo que falo, faço e escrevo é “literalmente” empurrar essas pessoas para o mercado. Colocá-los na pista de dança e entrar no ritmo.
Mais do que métodos e táticas é uma questão de postura e de fé. E um pouco acima, é uma questão de valores.
Pragmaticamente, o mercado vai responder positivamente ao mais competitivo. Mas vai responder a todos que a ele se submetem.
O bom dessa história toda, é que ser competitivo é uma questão de afinação. Não é algo nato, ou dado. E sim, algo manufaturado a partir da extrospecção.